domingo, 1 de junho de 2008

A entrevista que todos precisavam!

"O menino pergunta: – Pai, porque é que o teu pénis é maior que o meu? O pai responde: – Porque o pai é maior, assim como o braço é maior, o pénis é maior também".



Este diálogo simples, aberto e natural sobre sexo com crianças ainda é um tabu a ser superado. É algo inerente a este mundo, uma coisa perfeitamente natural que faz parte das nossas vivências enquanto pessoas que somos, foi por isso que achamos por bem mostrar que o tempo não apaga os rastos dos tabus , e que eles continuam a existir. E foi a pensar em ti, jovem leitor, que no âmbito da disciplina de área de projecto nos propusemos a realizar um tipo de produto final que inclui entrevistas a personalidades que estão integradas no seio do nosso tema: “Os Jovens de Hoje em dia”. Como tal achamos por bem entrevistar a psicóloga da nossa escola, uma vez que o nosso tema: ”A sexualidade” contem perguntas deveras interessantes que envolvem de certo modo a presença de alguém especializado para poder tratar de assuntos que dizem respeito à humanidade em geral. Está atento! lê agora o que a psicóloga da nossa escola tem para te dizer.
Faz das nossas perguntas tuas!


Bom dia!



Alunos de área de projecto – Qual a perspectiva que tem acerca da sexualidade na posição de psicóloga?

Psicóloga – A sexualidade faz parte da vida das pessoas, não é como beber água ou comer mas é uma parte integrante da vida sã e mental das pessoas e a sexualidade comporta várias dimensões, a dimensão biológica que tem muita a ver com o desenvolvimento dos órgãos de componente sexual, mas também tem a ver paralelamente com o desenvolvimento do libido e com o desenvolvimento dos sentimentos. A sexualidade é um todo não é uma parte, um pedaço, um estado emocional de envolvimento momentâneo, ou seja, explica-se por um todo, nunca por uma parte, e as várias partes explicam também o todo: os sentimentos, o desenvolvimento biológico…



AAP – Como psicóloga e com base na experiência, qual o impacto que a sexualidade tem na vida das pessoas?

Psicóloga
– O impacto no dia a dia das pessoas é grande, elas não se apercebem, mas digamos que a sexualidade é o sern da vida das pessoas, é sobre a sexualidade e o desenvolvimento biológico que as pessoas se desenvolvem e transformam e depois surge também a transformação psíquica e emocional, portanto a sexualidade é o sern, é um dos elementos principais da vida das pessoas sem que nos apercebamos disso. A sexualidade envolve o plano biológico, afectivo e emocional das pessoas.
Quando falamos da questão a nível do saber empírico a sexualidade pode sim ser vista como um elemento único, a sexualidade virada para cada pessoas, com tudo o que ela tem e esta deve ser sempre vista numa perspectiva de casal.


AAP
– Quando a abordam em questões profissionais sobre este tema quais são as questões mais frequentes?

Psicóloga
–As questões mais frequentes e quando me chegam essas questões sobre a sexualidade, as pessoas já se encontram em disfunção, está algo que na pessoa/casal já não funciona, para dizer: “estou com um problema no domínio sexual” as pessoa não dizem isto claramente, normalmente começam sempre com problemas pessoais:”ando stressada, ando angustiada e.t.c e depois quando vamos ver há componentes sexuais envolvidas neste sintomas.
Quando se reporta o casal, por exemplo, curiosamente as mulheres são mais claras, os homens não tanto. As mulheres colocam as questões mais directamente, elas são capazes de dizer: ”A minha vida anda nesta estado”, “Há um conjunto de conflitos que já estão a implicar na minha vida sexual”. Quando me chegam estas questões na maioria das vezes elas não vem muito mascaradas, nos jovens provavelmente muito mascaradas, porque para eles o sexo ainda é um tabu, tudo ainda é novo, novo no sentido de falarem do assunto, dialogarem uns com os outros, confrontarem as ideias e as dúvidas, quando digo novo refiro-me a isto não ao que faz parte do senso comum e que é passado nos órgão de comunicação social, nos filmes, enfim vocês sabem não é novo no encontro do momento excitatório propriamente dito é novo no confronto, nas perguntas.


AAP
– Quando se dirigem a si para falar deste tema nota algum tipo de constrangimento? Acha que o sexo é ainda um assunto tabu?

Psicóloga – Há constrangimento. Se estivermos a falar de populações juvenis: adolescentes, há constrangimento na abordagem da sexualidade, nomeadamente se me vem falar de problemas de casal tanto nas raparigas como nos rapazes, e me querem falar deles próprios, da sua própria sexualidade, o constrangimento ainda é maior porque é mais fácil falar do parceiro, na minha experiência, do que falar da sua própria sexualidade, isto é: “o que é que eu posso fazer”; “ Que actos posso cometer”; “ O que é lícito e o que ilícito”, mas a sexualidade continua a ser um tema de grande tabu, já um bocadinho mais falado mas grande tabu.
Na população adulta já é diferente a abordagem da sexualidade, possivelmente não se fala da sexualidade, só se fala sim da sexualidade na faixa masculina, quando o casal já não consegue ter um desempenho sexual normal: quando há um bloqueio, uma disfunção sexual propriamente dita.



AAP – Será que as experiências sexuais vividas na adolescência têm alguma repercussão na vida sexual futura de um jovem.

Psicóloga – É difícil de responder a esta pergunta, não sei dizer: sim tem, não, não tem, compreendem? Não sei responder, mas de tudo o que li e de tudo o que sei, é claro que há sempre um vínculo com tudo o que fazemos logo no início e a forma como se vai repercutir no futuro, tanto é que a resposta que vos dei anteriormente já envolve um pouco a resposta a esta pergunta. Há sempre implicações futuras, só que a forma como nós vivemos algo no início com ou sem conhecimento de outras coisas, vai sempre condicionar relações futuras, um bom exemplo disto é o facto de uma pessoa viver uma má experiência sexual, vivendo uma má experiência sexual isto vai ter influencia nas próximas relações com outros parceiros e aqui falo das relação casal. Agora mudemos de cenário mas não de assunto, imaginem que crianças (e agora falamos de pedofilia que constitui uma parafilia específica, vocês não sabem o que é as mais a frente falaremos do assunto) tem um má experiência de índole sexual mesmo desagradável para não dizer traumática com um adulto, é evidente que essa experiência traumática vai influenciar toda a vida pessoal, sentimental e afectiva dessa pessoa no futuro, no dia-a-dia. Quando falamos da faixa etária juvenil e portanto de adolescentes de 15, 16, 17 anos a relação sexual propriamente dita de alguma forma vai influenciar o nosso futuro:”Eu acabei de ter o contacto mais íntimo que pode haver entre duas pessoas”, esta relação é o núcleo, é o momento mais próximo entre duas pessoas que envolve o contacto de emoções de envolvimento de um casal, é uma ligação muito forte (intimidade forte entre o casal), e se esta relação foi mal tida é evidente que ela vai ter repercussão no futuro, mal ou bem lá se vai rearanjando, se é um boa experiência tanto melhor servirá de base de segurança para outras relações se vierem a existir.

AAP – Já alguma vez passaram pelas suas mãos casos/situações mais problemáticas? Psicologicamente como explica desvios sexuais? (como masoquismo, sadismo, fethicismo)

Psicóloga – Já passaram pelas minhas mãos situações traumáticas, não tanto estas questões mais problemáticas como as parafilias, mas outras que tem que ver com a orientação sexual, disfunção sexual, erecção, na mulher a falta de apetite.
Nestes termos da disfunção é que surgem os casos mais problemáticos, quando o homem perde a função para a qual foi feito, digamos que este facto se pode tornar problemático, mas quando me pedem para explicar estes desvios sexuais eu respondo-vos que estes mesmos desvios sexuais são uma perturbação do foro psíquico, há alteração psíquica ou provavelmente experiências ou traumas ou perturbações não sei se de ordem genética, não sei se biológica que levam a estes desvios sexuais.
Um outro aspecto que eu acho importante é que as fantasias sexuais podem ser executadas com o parceiro sob coacção de um modo que pode ser injurioso, cada vez que falamos de desvios sexuais como o sadismo sexual ou a pedofilia estamos a chegar a desvios sexuais de uma natureza gravíssima. O indivíduo em causa pode ser sujeito a detenção ou a prisão. As ofensas sexuais a crianças constituem uma proporção significativa de todos os crimes sexuais registados nos sujeitos como o exibicionismo, pedofilia e Voyeurismo, isto enquanto causa explicativa da maioria dos crimes sexuais registados.


AAP – Para finalizar quais os concelhos que daria a um jovem que está agora a iniciar a sua vida sexual?

Psicóloga
– Ui! Esta é tão má, tão má no sentido de agora é que eu estou entalada! É assim, em termos de concelhos, e eu sei que os concelhos nunca se seguem tenho a salientar várias coisas:
A primeira delas é: “Façam-se Ouvir”, isto é, falem das vossas dúvidas: “ Olhe eu estou perante uma situação assim, assim…tenho um rapaz que anda atrás de mim sobre o qual tenho uma atracção sexual… eu tenho um rapaz que se anda a atirar a mim”. As perguntas basicamente que vos ocorrem são estas: Verdade ou mentira? “ Se lhe digo que não ela/ele vai chamar-me um nome feio”; “ Se lhe digo que sim, a coisa pode correr mal”; “ Se eu lhe digo que sim a coisa até pode correr bem.”
Nas raparigas por questões sócio-culturais se calhar a questão vai ser outra. Hoje em dia julgo que a questão até é basicamente a mesma, “se eu digo que não vem outra pessoa ocupar o meu espaço”;” O que Hei-de fazer”; “ Que abordagem devo ter com ele/ela”; “Sei que ele anda atrás de mim, mas não sei muito bem quais as suas intenções”. As raparigas colocam muitas vezes estas questões das intenções. “Se é apenas para uma curte, tenho a presença dos meus pais ou não”; “Eu não sei de devo avançar”, quero dizer com todas estas reflexões que mais uma vez se oiçam uns aos outros antes de darem um paço, talvez depois a questão demore um mês a resolver, daqui até lá a esperança até pode morrer, e o interesse se tenha perdido ou não!
Ás vezes uma conversa com uma pessoa que seja de confiança, que nos dê segurança para responder a estas questões práticas da vida que no aparecem logo no inicio aguda muito a poder decidir e vocês assim avançam logo segundo os vossos próprios critérios. É muito fácil não dói!



Mais tarde no fim da entrevista o Luís um membro do nosso grupo decidiu sublinhar a existência do GAAAS, o gabinete que nasceu para te ajudar na sexualidade e que agradece a tua comparência.
Como sabem a sexualidade é um saco muito grande, eu tanto posso ajudar uma aluna sobre:”Quanto tempo dura o período menstrual” e a um rapaz adolescente informá-lo sobre os sonos molhados que são bem conhecidos por vocês rapazes. Estes assuntos também devem ser falados porque assustam muito e não deixam de vos confrontar com um conjunto de situações desagradáveis :”Isto está a acontecer como vou resolver este problema?... a cama e os lençóis estão molhados… mais tarde a minha mãe vai olhar para isto…é melhor tirar os lençóis rapidamente!” Estas são coisas a que o gabinete esta cá para responder, problemas de domínio anatómico, mas também com questões mais da vida práctica, dúvidas que surgem por aí, que não tem propriamente haver com o funcionamento das hormonas, porque isso vocês sabem das ciências, dúvidas sim de natureza pessoal, de contacto com os pais, amigos, irmãos, desconhecidos.
O objectivo dos GAAAS passa também pela passagem de informação para aplicar na hora exacta, ainda que aí percam a cabeça.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Mito da virgindade



Agora vamos dar-te um exemplo de alguém que escreveu sobre o assunto, para fazeres uma ideia de que a ideia de virgindade não é uniforme e que cada cultura respeita as suas tradições.
Vê este exemplo e se quiseres deixa o teu proprio comentário!

O mito da virgindade!

"Uma vez li um comentario que inspirou este meu post. Será que ainda existem mulheres que se mantêm virgens até ao casamento?! A ideia de pureza do corpo ainda prevalece?! Talvez isto ainda aconteça... Embora seja cada vez mais raro e penso que, também mais complicado.
Confesso que me faz um pouco de confusão o facto de uma pessoa se manter virgem até ao casamento.
Ok, são opções.. Mas porque motivos?! Motivos religiosos, ou mesmo a ideia de "principe encantado", história de amor eterna, e que será aquele o único homem que tem a chave do coração... e não só!
Perder a virgindade antes de casar não implica que depois não casemos com o mesmo homem, ou que o homem "fuja" depois de nos ter tirado a virgindade (pensamento muito comum antigamente).
Sou da opinião que a base de uma boa relação, para além do amor, é uma boa química física! Ou seja, a junção do prazer espiritual com o prazer carnal. E casar virgem seria como partir às cegas... Até porque antes de se comprar o produto deve-se experimentar uma amostra, para saber se vale a pena aquilo que queremos comprar.
Existe sexo sem amor, mas duvido muito que se consiga manter uma relação de amor sem sexo! Não critico quem ainda se casa virgem, acho que até admiro a capacidade de o conseguirem, 1º guardar-se durante tanto tempo e 2º por serem fiéis a ideais que têm! E eu até acho que pode ser considerado um grande acto de amor, principalmente se forem os 2 virgens! Mas isso, hoje em dia, so se lê em livros de historias de encantar. "



E tu, o que pensas disto?

Como surgem os mitos?


Desde os tempos mais remotos que o homem recorre ao mito para explicar toda uma série de fenómenos que o transcedem. Também no caso concreto da reprodução muitos são os mitos, crenças e concepções erradas que têm atravessado os tempos.


As ideias associadas à reprodução deixaram de ser (um tão grande) tabu, no entanto, os mitos e as superstições acompanham-nos, porque a ignorância e o preconceitos ajudam à perpetuação de ideias erradas como já anteriormente tiveste oportunidade de verificar, entre outros tantos que estão sempre a proliferar, mais rapidamente que um virús invasor que corrói toda uma população.




quinta-feira, 22 de maio de 2008

Mitos, E tu? acreditas neles?!


É claro que por detrás de alguma coisa verdadeira e real há sempre qualquer coisa inventada e que por isso não tem fundo de verdade "Quem conta um conto acrescenta um ponto", de certeza qua já ouviste estes ditado por aí algures, e acredita que é verdade! Até porque o nosso tema "A sexualidade" como já deves saber está cheia de mitos. Mitos esses que foram sendo inventados ao longo da história da humanidade e que por vezes não tem credebilidade nenhuma.
Se calhar já tiveste oportunidade de contactar com algum mitos sobre este mundo da sexualidade que te temos vindo a falar desde há muito, e será que acreditas em todos eles? Será que todos eles são verdadeiros?
O que realmente queremos que saibas é que não te podes deixar influenciar por mitos.
Certo ou errado? Percebe agora como andavas enganado!
  • As mulheres são naturalmente menos sexuadas do que o homem!

ERRADO!!!


  • A masturbação excessiva leva o homem a impotência e a mulher a anorgasmia (não chega ao orgasmo)!

ERRADO!!!


  • O número excessivo de masturbações quando se é adolescente faz impotência sexual em adulto!

ERRADO!!!

  • Na “primeira vez” não se pode engravidar.

ERRADO!!!

  • Sexo durante o período não engravida.

ERRADO!!!

  • Mesmo tendo um único parceiro posso apanhar uma IST se não usar preservativo.

VERDADEIRO!!!

  • Algumas IST podem ser apanhadas em sanitários públicos ou sem higiene adequada.

ERRADO!!!

  • A mulher grávida não pode ter relações sexuais, pois pode perder ou magoar a criança.

ERRADO!!!




sexta-feira, 9 de maio de 2008

Masoquismo

O foco parafílico do Masoquismo Sexual envolve o acto (real, não simulado) de ser humilhado, espancado, atado ou de outra forma submetido a sofrimento. Alguns indivíduos sentem-se perturbados pelas suas fantasias masoquistas, que podem ser invocadas durante o intercurso sexual ou a masturbação, mas não actuadas de outro modo. Nesses casos, as fantasias masoquistas em geral envolvem estar preso ou atado por outros, sem possibilidade de fuga. Outros agem de acordo com seus desejos sexuais masoquistas por conta própria (por ex., atando a si mesmos, picando-se com alfinetes ou agulhas, auto-administrando choques elétricos ou automutilando-se) ou com um parceiro.
Os actos masoquistas que podem ser procurados com um parceiro incluem contenções (sujeição), colocação de vendas (sujeição sensorial), palmadas, espancamento, açoitamento, choques elétricos, ser cortado, "perfurado e atravessado" (infibulação) e humilhado (por ex., receber sobre si a urina ou as fezes do parceiro, ser forçado a rastejar e latir como um cão, ou ser submetido a abuso verbal). O transvestismo forçado pode ser procurado por associação com a humilhação. O indivíduo pode ter um desejo de ser tratado como um bebé indefeso e de usar fraldas ("infantilismo").
Uma forma particularmente perigosa de Masoquismo Sexual, chamada "hipoxifilia", envolve a excitação sexual pela privação de oxigénio, obtida por meio de compressão torácica, garrotes, sufocação com saco de plástico, máscara ou substância química . As actividades de privação de oxigénio podem ser executadas a sós ou com um parceiro. Mortes acidentais podem ocorrer devido a mau funcionamento do equipamento, erros na colocação da forca ou outros deslizes.
A idade na qual iniciam as actividades masoquistas com parceiros é variável, mas geralmente situa-se nos primeiros anos da vida adulta. O Masoquismo Sexual geralmente é crónico, com tendência a repetir o mesmo acto masoquista. Alguns indivíduos com Masoquismo Sexual podem dedicar-se a actos masoquistas por muitos anos sem um aumento na sua potencial perigo. Outros, entretanto, aumentam a gravidade dos actos masoquistas ao longo do tempo ou durante períodos de stress, podendo acabar em ferimentos ou até mesmo em morte.

Sadismo


O foco parafílico do Sadismo Sexual envolve actos (reais, não simulados) nos quais o indivíduo deriva excitação sexual do sofrimento psicológico ou físico (incluindo humilhação) da vítima. Alguns indivíduos com esta Parafilia sentem-se perturbados pelas suas fantasias sádicas, que podem ser invocadas durante a atividade sexual, mas não são actuadas de outro modo; nesses casos, as fantasias sádicas envolvem, habitualmente, o completo controle sobre a vítima, que se sente aterrorizada ante o acto sádico iminente. Outros actuam segundo os seus anseios sádicos com um parceiro que consente em sofrer dor ou humilhação (e que pode ter Masoquismo Sexual). Outros, ainda, colocam em prática os seus anseios sexuais sádicos com vítimas que não dão consentimento. Em todos esses casos, o que causa excitação sexual é o sofrimento da vítima. As fantasias ou actos sádicos podem envolver atividades que indicam o domínio do indivíduo sobre a vítima (por ex., forçar a vítima a rastejar ou mantê-la em uma jaula). Os indivíduos também podem atar, vendar, dar palmadas, espancar, chicotear, beliscar, bater, queimar, administrar choques elétricos, estuprar, cortar, esfaquear, estrangular, torturar, mutilar ou matar a vítima. As fantasias sexuais sádicas tendem a ter estado presentes na infância. A idade de início das actividades sádicas é variável, mas habitualmente ocorre nos primeiros anos da vida adulta.


O Sadismo Sexual geralmente é crónico. Quando o Sadismo Sexual é praticado com parceiros que não consentem com a prática, a actividade tende a ser repetida até que o indivíduo com Sadismo Sexual seja preso. Alguns indivíduos com Sadismo Sexual podem dedicar-se a actos sádicos por muitos anos, sem necessidade de aumentar o potencial de infligir sérios danos físicos. Geralmente, entretanto, a gravidade dos actos sádicos aumenta com o tempo. Quando o Sadismo Sexual é severo, e especialmente quando está associado com Transtorno da Personalidade Anti-Social, os indivíduos podem ferir gravemente ou matar suas vítimas.

Voyeurismo

O foco parafílico do Voyeurismo envolve o acto de observar indivíduos, geralmente estranhos, sem suspeitar que estão a ser observados, que estão nus, a despirem-se ou em actividade sexual. O acto de observar ("espiar") serve para obter excitação sexual, e geralmente não é tentada qualquer actividade sexual com a pessoa observada. O orgasmo, em geral produzido pela masturbação, pode ocorrer durante o Voyeurismo ou mais tarde, em resposta à recordação do que o indivíduo testemunhou. Frequentemente, esses indivíduos fantasiam uma experiência sexual com a pessoa observada, mas isto raramente ocorre na realidade. Na sua forma severa, o acto de espiar constitui a forma exclusiva de actividade sexual. O início do comportamento voyeurista geralmente ocorre antes dos 15 anos. O curso tende a ser crónico.